14 de mar. de 2009

NOVO CONTO SIFU – 3ª Parte

Denise do Egito continuou seu conto sufi (leiam aqui).


- Olhe, aí está você, Dilma Vana! – Gritou sua Crise asperamente. - Arranjou um bom lugar para ficar, não é mesmo ? Bem, você não pode escapar de mim dessa maneira, sabe...


E começou a atirar no chão todos os objetos de valor da dona da casa, quebrando vidros e porcelanas, rasgando em pedaços linhos caríssimos.


- Oh, não, não, não!!! gritou Dilma Vana. - Isso vai me causar problemas terríveis! A senhora Mariza Letícia confia em mim!!


- Ela confia ? – Zombou sua Crise. - Bem, então explique isso quando ela voltar... e transformou as longas cortinas de seda em farrapos.


Dilma Vana colocou as mãos no rosto e fugiu, correndo da casa, sem nunca olhar para trás, no caso de sua Crise estar lhe seguindo. Mal ela acabara de sair, sua Crise colocou tudo novamente como estava antes e desapareceu.

Quando a senhora retornou, a casa estava perfeitamente arrumada, mas Dilma Vana tinha ido embora. A senhora chamou e chamou, mas claro que a pobre garota não ouviu, pois estava já muito longe. A (primeira) dama examinou tudo, pensando que talvez Dilma Vana a tivesse roubado, mas nada estava lhe faltando. Ela não podia entender o que acontecera, pois a garota parecia ser de toda confiança.

Ora, a pobre Dilma Vana correu até alcançar outra cidade e, ao procurar um lugar onde pudesse comprar um pouco de pão(caramba, cadê as padarias desse conto?), outra senhora que estava parada na janela a notou. A dama abriu a janela e lhe falou:

- De onde você é e o que faz neste lugar, já que é obvio que está perdida (e põe perdida nisso...)?

- Sou uma pobre garota de longe e procuro algo para comer, pois tenho muita fome – respondeu Dilma Vana.

- Bem, venha para minha casa, disse a dama. - Eu vou alimentá-la, vesti-la, e arranjar-lhe um lugar entre a minha criadagem. Então, Dilma Vana entrou. Mas a mesma coisa aconteceu, como antes.

Assim que ela se estabeleceu na casa e todos os valores lhe foram confiados, sua Crise apareceu e criou o caos em apenas alguns segundos.

- Você pensa que há algum lugar nesse mundo onde eu não seja capaz de encontrá-la ? – Gritou sua Crise asperamente, derrubando frascos de incenso de valor incalculável que se espatifaram no chão.
Dilma Vana colocou as mãos no rosto e correu.

E assim foi durante sete anos. Cada vez que Dilma Vana era acolhida por alguma simpática velhinha de Taubaté, o aparecimento de sua Crise fazia com que ela tivesse que partir em viagem, infinitamente, parecia-lhe. Mas ela nunca conseguia escapar por muito tempo. Porém, - e isto Dilma Vana não sabia – sua Crise sempre restaurava tudo à antiga forma, no mesmo minuto em que Dilma Vana desaparecia.


Bem, sete anos se passaram (2002-2009) e quando Dilma Vana estava trabalhando para uma senhora nobre, muito bondosa de coração (é, acho que o nome dela era Pac), parecia que sua Crise quase havia se esquecido dela. Dia após dia Dilma Vana cuidava da casa, e tudo dava certo para ela. No entanto, a tensão era muito grande, pois a cada hora ela esperava que a porta se abrisse e sua Crise aparecesse.


(Continua...)


7 comentários:

Udi disse...

Como você consegue?! Que sacada!
Mas... ah! Isso de que alguém bota tudo no lugar, só pode ser mesmo conto de fadas, porque em conto sifu os estragos são prá nós sifu... mesmo!

vou ler o original.

;)

Udi disse...

(...huáhuáhuá!) e não é que são 7 anos mesmo?!

...quanto às padarias, certamente o conto não se passa em Sampa.

Anônimo disse...

e no melhor vc corta!!!


ok, ok...


aguardar, né?
tem outro jeito?


.

Roney Maurício disse...

Udi e Camisinha,
agradeço os simpáticos comentários e os estendo, claro, à autora dos originais.

Udi disse...

...você devia dividir os créditos, também, com a Dilma Vana (...risos!)

... que aliás (leu o Estadão - de Sampa, of course - de hoje?). Ela tem uma equipe de "meigos" ...huáhuáhuá!!!

Denise Egito disse...

rm,

Está muito bem sacado. E olha, no conto são 7 anos mesmo. Não alterei em nada pra facilitar sua vida..hahahaha

Roney Maurício disse...

Não?

Ué, então vamos combinar o próximo... rss