Intimidade
Toda alcova em penumbra. Em desalinho o leito,
onde, nus, o meu corpo e o teu corpo, estirados
na fadiga que vem do gozo satisfeito,
descansam do prazer, felizes, irmanados.
Tendo a minha cabeça encostada ao teu peito,
e, acariciando os meus cabelos desmanchados,
és tão meu…Sou tão tua. Ainda sob o efeito
da louca embriaguez dos momentos passados.
Porém, na tua carne insaciável, ardente,
o desejo reacende, estua…E, de repente,
dos meus seios em flor beijas a rósea ponta…
E se unem outra vez a lúbrica bacante
do meu ser e o teu sexo impávido, possante,
na comunhão sensual das delícias sem conta…
NOTA: Esses versos foram escritos pela poetisa paulista Yde (Adelaide) Schloenbach Blumenschein (1882-1963), também conhecida como Colombina e Paula Brasil. Culta e dona de vasta obra literária integra o time vanguardista da chamada "literatura feminina" no Brasil. (aqui para quem quiser saber mais)
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7 comentários:
Colombina me lembra Los Hermanos, e esse post, digamos, me lembrou outras coisas...
Bj!
Essa columbina é prá-i a segunda da filinha, nénão, caboclo?
Rola-roxa... Hummmm... Diz "eu" em inglês... Hummmm... Rssss....
Ô Eraldo,
tudo bem, eu entendo. Mas com tanta mulher nesse blog e você vai mandar beijo exatamente para mim? rss
Portuga,
deixa de ser reclamão! Tá bem, tá bem: vou colocar outra fotA!
Hmmm... desejos conjugados.
..."és tão meu...Sou tão tua".
..."na comunhão sensual das delícias sem conta..."
Lindos versos da poetisa do amor! E eu me maravilho como quem recebe presente inesperado!
Um beijo procê, querido.
Sim Cora,
desejos conjugados, como numa kitinete... rss
Ora, não seja por isso. Ou, quem sabe, aquilo que você me prometeu... rss
Eu prometi?
Não sou de promessas, meu caro...rs
Ah desculpe, devo tê-la confundido com outra pessoa... rss
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