CONVERSA DE SENHORAS
Não preciso nem casar
Tiro dele tudo o que preciso
Não saio mais daqui
Duvido muito
Esse assunto de mulher já terminou
O gato comeu e regalou-se
Ele dança que nem um realejo
Escritor não existe mais
Mas também não precisa virar deus
Tem alguém na casa
Você acha que ele agüenta?
Sr. ternura está batendo
Eu não estava nem aí
Conchavando: eu faço a tréplica
Armadilha: louca pra saber
Ela é esquisita
Também você mente demais
Ele está me patrulhando
Para quem você vendeu seu tempo?
Não sei dizer: fiquei com o gauche
Não tem a menor lógica
Mas e o trampo?
Ele está bonzinho
Acho que é mentira
Não começa
Ana C.
Tiro dele tudo o que preciso
Não saio mais daqui
Duvido muito
Esse assunto de mulher já terminou
O gato comeu e regalou-se
Ele dança que nem um realejo
Escritor não existe mais
Mas também não precisa virar deus
Tem alguém na casa
Você acha que ele agüenta?
Sr. ternura está batendo
Eu não estava nem aí
Conchavando: eu faço a tréplica
Armadilha: louca pra saber
Ela é esquisita
Também você mente demais
Ele está me patrulhando
Para quem você vendeu seu tempo?
Não sei dizer: fiquei com o gauche
Não tem a menor lógica
Mas e o trampo?
Ele está bonzinho
Acho que é mentira
Não começa
Ana C.
9 comentários:
Ela cansou de tudo isso..Esse pouco sentido, incompativel com toda essa vida.
Bjos, RM - vou ler alguns textos dela.
Essas conversas...
A frieza que resta de algum sentimento...
Palaras sibiladas... algumas venenosas... outras maldosas...
Não conhecia a autora... claro que vou dar uma espiada nas suas dicas...rs
Beijos!
Ei Celine,
acho que você vai gostar...
Ei Ava,
interessante sua interpretação. Acho que casa com a da Celine...
Parceirim,
Fiquei fascinada com Ana Cristina Cézar desde que a li pela primeira vez.
Sensibilidade demais prá viver nesse mundo, não deu conta... ou, melhor, o mundo não deu conta dela :(
Lembra-me Maiakovski (que também suicidou-se):
"Para o júbilo o planeta está imaturo
É preciso arrancar alegria ao futuro
Nesta vida morrer não é difícil
O difícil é a vida e seu ofício"
Ei Udi,
também me impressionou a leitura, incipiente, que fiz dos textos dela: a extrema dor da poesia...
Admiro o dom, a arte.
Assim como certos cantores pegam o microfone, abrem a boca e a voz espetacular, a interpretação cheia de emoção simplesmente flui, e nos encanta, outras pessoas pegam caneta e papel e colocam a vida ali, nua e crua...dá até medo.
Beijo, RM.
ℓυηα
Ei Luna,
agradeço a simpática participação. Sim, em alguns autores isto é visceral...
Estranhamente, fiquei com medo da parte:
" Não preciso nem casar
Tiro dele tudo o que preciso"...
Hua, kkk, ha, ha, vamos dizer que há um pouco de temor verdadeiro.
Fiquem com Deus, menino RM e meninas.
Um abraço.
Daniel,
e você ainda tinha dúvidas quanto a isto? rss
Amém!
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